Uma nova Liga de Amigos entrou em funções nos últimos meses.
Até há poucos anos a Liga dos amigos angariava meios financeiros para apoiar projectos e aquisição de equipamentos para os quais o Hospital não tinha meios suficientes.
A instalação da gestão hospitalar empresarial ocorrida nos últimos anos retirou esta função às Ligas Hospitalares, mas a crise que atingiu Portugal e outros países ocidentais, voltou a dar-lhes funções, novas e mais exigentes do ponto de vista humanitário.
Os doentes deixaram de poder pagar as taxas moderadoras que foram aumentadas, perderam a isenção de taxas moderadoras para algumas patologias, o transporte de doentes externos deixou de ser pago pelo Estado, necessitando de comprovativo médico. Os doentes têm visto reduzir as suas possibilidades de aquisição de medicação e pagamento de transporte para consultas externas a tratamentos.
Neste contexto a Liga tem ido intervenção na angariação de alimentos, leite para as crianças, pagamento de taxas e medicamentos, solicitação de apoio de instituições para transporte aos doentes mais graves, com maiores dificuldades motoras e em dificuldades financeiras.
Este trabalho tem sido executado pelo grupo de Voluntárias que tem exercido uma função excepcional contando, sempre que necessário com a Liga, organizada como IPSS.
Até agora o grupo de Voluntárias coordenadas pela D. Vitalina Basso tem estado hierarquicamente dependente da Cruz Vermelha Portuguesa. Mas, tal como Liga dos Amigos do Hospital de S. Cruz e do Hospital Egas Moniz, foi considerado que seria mais fácil por questões de proximidade e menos exigências burocráticas incompatíveis com a urgência de algumas decisões ficarem ligadas à Liga dos Amigos do Hospital de S. Francisco Xavier. Já foram dados passos para esta mudança, mas a alteração dos Estatutos da Liga dos Amigos só poderá ser concluída após o contacto do Conselho da Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental com a Presidência da Cruz Vermelha Portuguesa.
Contudo o trabalho tem continuado porque as necessidades básicas dos doentes são cada vez maiores e mais urgentes. A Liga tem apoiado as iniciativas, mas necessita de aumentar o seu número de Amigos com cotização anual. O pagamento de quotas foi facilitado, apenas com a transferência do seu valor para a conta bancária e emissão de recibo que pode ser utilizado no pagamento de IRS. O valor máximo da quota é de 30€, mas, dado o momento, a Liga aceita qualquer quota abaixo desse valor, por necessidade urgente de acudir aos mais frágeis que também estão doentes.
Esta tarefa está a cargo da secretária da Liga, Isabel Rodrigues, secretária da Pediatria, no piso do Edifício Novo.
A Liga pede a todos os que trabalham no Hospital a sua contribuição na medida das suas possibilidades a divulgação a pessoas que tenham residência na área de influência do Hospital de S. Francisco Xavier.
Prof. Doutora Ana Aleixo
